diálogos surdos

- Tenho-te como nunca antes
Porque te tenho em mim,
Na minha história...
- Atirei contra ti
Palavras doces, sábias
Sentidas...
- E as escolhas feitas ao sabor da vontade
Ontem,
Perpetuam-se pelo Infinito...
Por entre as linhas do que ficou escrito contam-se histórias do que ficou por dizer...

domingo à tarde...



aos domingos costumam dar aqueles filmes 'cómico-româticos' que só chegam a repetir umas 27 ou 32 vezes...num desses filmes aparece um banco de jardim com uma gravação que estupidamente me 'toca' cada vez que a vejo, fica a partilha:


"For June who loved this garden from Joseph who always sat beside her"


nesta frase cabem 2 vidas e toda uma história daquilo que será realmente o Amor...é domingo e hoje estou piegas se calhar...

feliz quando os seus pés se tocavam

ela estava a admirar os pormenores arredondados das nuvens e sentiu na nostalgia uma certeza:
era feliz quando os seus pés tocavam nos dela!

No início havia uma linha ténue, invisível até.
Essa linha tornou-se real,
Assemelhava-se a um pequeno ribeiro,
Um ribeiro que podia saltar de um só fôlego
quando a vontade assim o exigia

O ribeiro vestiu-se de águas até se tornar rio.
O rio era imenso, cheio de correntes e remoinhos
Mas não impossível de vencer,
Pois se até o Estige se atravessa por uma moeda,
Houvesse uma ponte ou o Barqueiro Caronte...

Não há curso que se interponha a uma vontade de o vencer pensava ela...nascesse nela a vontade...

Não!


Toda uma invasão atinge-me num turbilhão invernoso que cinge o coração espremendo a angústia por todo o corpo…confiamos nos nossos mecanismos que se activam automaticamente em escudo num campo de forças mas a Força escoa-se por entre uma inércia serena que manieta a própria Acção! É uma vontade de ter Vontade e é um Mas…é um Nada…